Era uma vez um miradouro!
Nesse miradouro via-se a alma do vento! Alma velha e livre, com laivos de teimosia e criatividade!
Nem sempre compreendida por todos, tendo em conta que muitas vezes obrigava cada um a parar para o sentir na sua pele!
Uma postura invasiva, e nem sempre suave e respeitadora!
A sua liberdade muitas vezes entrava em choque com as mais variadas formas de energia, fossem as nuvens, as árvores, as flores, os riachos e os rios! Quando se cansava da terra, avançava para o oceano e entrava em choque com as ondas!
E lá dançava sem parar! A sua energia era demasiada! Ninguém o conseguia acompanhar!
Todos num dado dia se sentaram em assembleia com cara carrancuda e elevado cansaço!
Perante o Omega apresentaram os seus desagrados, fizeram queixinhas! Gritaram de desespero!
O Omega na sua sapiência ouviu cada um deles! Quando acabaram, ele respirou fundo, levantou-se e saiu da clareira!
Todos ficaram em silêncio a olharem-se entre si! Ninguém teve a ousadia de falar!
O vento estava ausente!
(...)
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