Resposta ao teu poema!

Vejo-te, como sempre te vi!
Por entre um riso delirante de uma descoberta artística!

Olhar pela janela do telhado e ver o Tejo ao fundo, 
e saber que aqueles momentos de silêncios partilhados, são nossos! 

O tempo dessas memórias, 
de um passado ausente, 
e um amanha perdido,
que nos rouba o riso de um momento que já partiu!

O tempo, esse companheiro sinistro que nos embala quando sentimos amor, 
colocando sempre a doce sensação de que ele para! 
Para de seguida, avançar com vertiginosamente,
sem que consigamos respirar, e colocando-nos no limite da nossa capacidade de resistir!

Resistir ao que tivemos, e 
sentindo que aquilo foi somente um momento parado no tempo, 
que se cristalizou numa memória perdida 
por quimeras ousadas do labirinto da mente!

Tenho saudades dos momentos dos risos, 
dos olhares de cumplicidade, 
tenho saudade de ti!
Mas não te tenho aqui!

Vejo-te por entre as pessoas, nesta imensidão de tempo, 
neste purgatório que se colocou a minha vida! 

Quero gritar, mas fica aquele sufoco na garganta 
e não sai, nem um som!

As lágrimas correm face abaixo!
E lembro-me de ti! 
Lembro do teu nome, 
Sagrado 
Imune 
Imenso
como o Oceano!

Distante, ousado, perdido!
Este tempo que não te leva, 
e me prende aqui! 

Leio o teu poema, 
e respondo secretamente 
por entre palavras perdidas 
para um vento que teima em  leva-las para ti!

Eu sei tudo 
eu perco o controle 
sobre este impasse no tempo!

Tempo, tempo, tempo, 
somente para nos afastar o que sentimos!

Como posso viver assim?
Como a vida é somente isto?
Eu sei tudo!
Eu perco o controle 
deste tempo que passa por nós!

E como tu, 
refugiu-me nos limites da mente,
para criar uma ponte para ti!

Para te ver!
Somente para te ver!

...


Um beijinho grande Teresa!!!! ;)

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