Estados de alma!

Como se organiza o dia a dia? 

Nem sempre percebemos como o fazer, olhamos para o mundo, a espera que nos faça sentido. Sentimos vezes sem conta que algo possa fazer sentido, enquanto procuramos um caminho! Exploramos nas relações, exploramos nos contactos profissionais, na criatividade de um dado momento, procuramos nas viagens que fazemos! Qualquer coisa que possa ser sinónimo de que há vida para além do que vivemos todos os dias! 

Procuramos o eu nos outros!!! E por norma não o encontramos, porque o eu, está em muitos momentos escondido. 

Na minha prática, vou vendo o eu a esconder-se por entre as várias esferas de uma vida, refugiando-se nos medos de um dado momento do desenvolvimento. 

Sem se encontrar, vamos passando por portos de abrigo, como um barco faz! Passa por vários portos, mas atraca somente no seu de origem!

Quando iniciamos o desenvolvimento humano, o EU cresce paralelamente com o bem estar promovido pelo dia a dia!

No dia a dia, também para além das emoções que sejam associadas a alegria, vamos vivendo outras, que passam a habitar a mente e o coração. O que vemos em regra geral associa-se as emoções que sentimos, e quando algo é deverás intenso, origina complexidade, levando ao EU refugiar-se nas suas teias, para se proteger.

Em alguns momentos ele consegue sair! Noutros vai ficando por lá para se proteger, saindo pontualmente, mas não o suficientemente desenvolvido e maduro, fazendo que o resto cresça, contudo com inúmeras lacunas.

Posteriormente em vários momentos de maior stress, ele lá sai, mas nem sempre com capacidade de conseguir gerir as suas emoções, acabando por levar ao desajustamento humano nas diferentes áreas da sua vida.

O que procurarmos posteriormente nos outros corresponde em muitos momentos, ao nosso lado mais maduro, contudo se o EU não cresceu, é normal não se conseguir encontrar no outro.

E o que vamos fazendo, corresponde a muitas vezes a uma percepção de rejeição, tendo em conta que não nos reconhecemos nem em nós nem nos outros, porque afinal não nos conhecemos de todo.

Contudo surgem as perguntas, como podemos rejeitar alguém que não conhecemos?

E a vida transforma-se em algo mais profundo e mais consistente, e nesses momentos, o EU, que vai surgindo desadequadamente vai-se criando de forma inconstante e inconsciente situações que provoquem o seu crescimento.

Nestes momentos, o EU em muitas situações felizes, procura ajuda!

É quando chegam até aos gabinetes, com a potencialidade de crescimento, contudo sem perceberem o que aconteceu, tendo em conta que fizeram o que era suposto acontecer, fosse bom ou mau!

É o momento em que percebemos que temos humanos e não maquinas, que seguem os procedimentos, contudo parte da terapia passa pela validação dos procedimentos, para falarmos do crescimento humano!

Afinal seguimos padrões e adoramos padrões!!!



Comentários