Cena VIII
Ele para, fecha os olhos, e lembra-se de a 12 anos atrás entre o medo e o entusiasmo de descobrir quem era a musa dos seus dias cinzentos, abriu uma página do google, teclou cada letra a respirar fundo e acedeu ao blogue.
Quando leu o blogue, viu as publicações, entre os devaneios de alguma criatividade, contudo ligeiramente mal estruturados. Havia muita emoção, por todos os lados, contudo pouca estrutura. Mexia-lhe com a alma e aguçava a curiosidade.
Estava a ler uma publicação sobre piano e física quântica, quando ocorreu uma actualização, entre o que ela escreveu e o que ele leu, percebeu que estava a beira de um desgosto de amor!
Volta a cama, deitado no escuro a olhar o vazio. Levanta-se e caminha para a cozinha, vai buscar um copo de água. Chega a cozinha, liga a luz, e depara-se com a caixa dos chás.
Olha para a caixa dos chás - 30 divisões com 30 pacotes de sabores diferentes cada um, e em cada divisão 5 pacotes religiosamente colocados lá.
Lembra-se de ter feito a caixa, por ela era louca por chás, todos os dias bebia um diferente.
Pintou com os símbolos do mar, a condizer com a cozinha! Ela delirou durante uma semana, e agradeceu-lhe de todas as formas possíveis! Era tão fácil fazê-la com pequenas coisas!
Já não há quem beba chá naquela casa e ele não gostava muito.
Volta ao presente, coloca o copo sujo no lava-loiças.
Amanha é sábado, e ele tem de ir ao mercado! Volta para a cama vira para o lado dela, e adormece rapidamente.
...
Comentários
Enviar um comentário