Muxia...


Desde sempre, que é muito tempo, que me considero uma nómada, vivi por norma 2 a 3 anos numa casa. Mudei tantas vezes de casa, que encontrar um local que possa chamar meu, torna-se uma tarefa cada vez mais díficil. 

Contudo a sete anos, quando fiz a minha primeira viagem, a primeira vez que dormi completamente sozinha por minha conta e risco, descobri as minhas raízes! 

Saber que pertencemos a um local ao final de tantas mudanças de casa (17 mudanças registadas), começamos a perceber que estar sempre no mesmo local torna-se cada vez mais difícil, a novidade escasseia. 

Contudo quando conheci Muxia, na Galiza, senti que tinha chegado ao meu destino... Senti verdadeiramente em casa! Como se cada um daqueles recantos fosse conhecido, apesar de só ter conhecido naquele momento!

Ter o nascer do Sol, e o por do Sol, como bênção a cada dia, é mágico!

Sente-se na atmosfera, o local ideal para escrever, para sentir o nevoeiro a falar sobre o escolhido, sobre a conquista do mar, sobre a partida diária para a jorna do mar. 

Senti que naquele local será o local do meu fim, como um velho lobo solitário do mar!

E como Sophia escreveu:

Quando eu morrer, voltarei para buscar os instantes que não vivi junto do mar...




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